Plano de Aula - Eduardo Augusto

Brastra
PODER EXECUTIVO
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA

Plano de Aula

Disciplina:

Filosofia

Semestre/Ano:
Segundo semestre / 2018
Curso / Série:
Primeiro ano
Tempo de aula:
15min
Professor:
Eduardo Augusto Nobre Nakamine

TEMA
Os valores morais


OBJETIVOS
GERAL
Entender a definição (teoria) e a aplicação (prática) dos valores morais a partir de explanação e apresentação de Nietzsche, tendo em vista o tempo e espaço comunitários.
ESPECÍFICOS
Lembrar os conceitos básicos à moral que estão presentes no cotidiano, como bondade, compaixão ou justiça.
Buscar uma definição satisfatória para alguns conceitos a partir de sensibilidade e problematização da moralidade por meio de análises dos componentes da experiência estudantil.



CONTEÚDO

O homem
·         O que é o homem?
·         O que significa ser homem?

O homem moral
·         As definições para moral:  um olhar em lato e estrito senso.
·         A valoração da moral: por que ser moral é importante?
·         A transvaloração da moral: por que ser moral não é errado? Por que não pode ser?




METODOLOGIA

  • Aula com auxílio técnico (projetor de slides, caixa de som)
  • Exposição oral do tema
  • Dinâmica com vista à socialização de opiniões e constatação de fatos.
  • Notícias e matérias de jornais
  • Mídia digital: músicas e filmes
  • Leitura do material de apoio (fragmentos das obras, livro didático)


AVALIAÇÃO

1ª PARCIAL: atividade dissertativa em sala de aula, contendo uma questão, envolvendo conhecimento abordado em sala sobre o tema: “O que é a bondade? O que significa ser bom? Ser bom é de fato bom?”. (0 a 2pts)



REFERÊNCIAS

·         Básica
NIETZSCHE, F. A genealogia da moral, uma polêmica. Trad.: Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia de Bolso, 2009.

GALLO, S. Filosofia: experiência do pensamento. Volume único. 2. Ed. São Paulo: Scipione, 2016.


·         Complementar
KNELLER, G. Existencialismo. In: Introdução à filosofia da educação. 4. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1964, p. 75-96.

GELAMO, Rodrigo Pelloso; PAGNI, Pedro Angelo. Nietzsche, no limiar da Educação Contemporânea: Crítica à Cultura, Formação do Gênio e Infância na Educação Filosófica. In: PAGNI, Pedro Angelo.; DA SILVA, Divino José (org.). Introdução à filosofia da educação: Temas contemporâneos e História. São Paulo: Avercamp, 2007, p. 189-212.

NIETZSCHE, F. Além do Bem e do Mal – prelúdio a uma filosofia do futuro. Trad.: Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia de Bolso, 2005.

___________. Aurora. Trad.: Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia de Bolso, 2004.

___________. Humano, demasiado humano. Trad.: Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia de Bolso, 2000.

___________. Humano, demasiado humano II. Trad.: Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia de Bolso, 2008.



Manaus, 20/09/2018


Comentários

  1. Plano de aula bem fundamentado, mas faz-me perguntar se de fato é para alunos do Ensino médio, achei o tempo previsto pouco se temos em tese "50 min" de aula. Conceitos complexos e pouco valorizado na atualidade, mas gostaria de ver o plano sendo executado
    .

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    Respostas
    1. De fato, o tempo é mínimo e a atividade, em toda a sua complexidade, requer melhor espaço para o desenvolvimento de uma "oficina de pensamento" e mais tempo para produção de conceitos. Contudo, ative-me a quatro pontos quando pensei nessa aula: primeiro, a continuação do assunto em outras aulas (uma vez que em uma única aula é, de fato, inviável para qualquer assunto de cunho filosófico atingir quaisquer objetivos ou aprofundamentos propostos por um certo número de razões, a saber, a disposição dos alunos, a ideologia da escola, as condições e possibilidades da aula a partir do material disponível, entre outros), talvez com mais uma ou duas aulas, talvez com mais, dependendo do alunado; segundo, as condições da apresentação na aula de Prática, ou seja, o tempo disposto pelo professor (o qual, se não estou enganado, é de quinze minutos); terceiro, a aceitação do próprio desafio de tentar adotar uma mudança de "estratégia" para uma outra mais participativa, ou melhor dizendo, tentar mudar a metodologia (vista e relatada no estágio), uma vez que, após indagar o professor de filosofia da escola pública na qual estagiei, foi-me dito que esta aula deveria "estar no nível dos alunos", no sentido negativo da expressão, ou seja, que eles, os alunos, não estariam aptos a dar um próximo passo no que tange uma reflexão filosófica (a nível de Ensino Médio mesmo) devido a suas "condições intelectuais" (para ser bem educado!), o que me levou ao quarto e último ponto posto sob consideração: a interdisciplinaridade da disciplina.

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    2. De fato, as aulas de filosofia sozinhas não devem, ou deveriam, assumir a total responsabilidade do ensino de jovens no Ensino Médio, os quais, muitas vezes, não encontram nela um "sentido apetitivo", ou seja, algo que lhes interesse, tornando o trabalho do professor dessa disciplina árduo e, de fato, inviabilizando, por exemplo, o objetivo desta aula com o tempo estimado (o que, convenhamos, deveria ser bem mais extenso). Mas acredito ser de inestimável valor e ajuda para o sucesso da aula o contato entre disciplinas e, por extensão, a colaboração que uma deve ter com outras para o sucesso de todas. Logo, se o aparente empecilho diagnosticado após, por exemplo, as primeiras aulas de filosofia for uma deficiência na leitura de maneira geral, por que apenas a filosofia deveria trabalhar com esse problema e não em concomitância com o estudo de língua portuguesa, já que, um, o conhecimento de maneira geral não é necessariamente compartimentalizado, mas compartilhado já que vários assuntos são comuns a várias disciplinas, e, dois, para que os alunos leiam textos filosófico eles precisam minimamente de conhecimento em língua portuguesa? Por que, também, não utilizar de outros meios para atingir essa deficiência, como oficinas de filosofia e português, clubes de filosofia e de literatura ou mesmo idas à biblioteca? Em outras palavras, por que não trabalhar em conjunto já que o ensino de filosofia depende das outras áreas de saber, como, no caso, o português, a história ou a língua inglesa no caso de obras estrangeiras? O que quero dizer, por fim, é que, de fato, uma aula tomada isoladamente e que possui esta extensão (sendo de "cinquenta" minutos na realidade), estes conceitos e estes objetivos, somados a todos os outros problemas, soa como algo inviável - onírico mesmo -, mas, quando vista a partir de seu elo com outras disciplinas que lhe dizem respeito, em uma espécie de panorama dos saberes, o trabalho não parece mais tão árduo ou tão inviável, já que não se está mais isolado - até porque, parafraseando Nietzsche, não podemos encontrar a verdade estando isolados.

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    3. Adendo: claro que isso não ocorrerá da maneira prevista durante a avaliação de prática (o ministrar da aula proposta no plano) devido à ausência de vários dos componentes aqui estabelecidos e os problemas já apontados, mas, no que concerne não apenas esta aula demonstrativa, mas todas as posteriores a ela (fora e dentro do Ensino Médio), não se trata apenas de tempo, mas, também, do prenúncio de um devir com fins educativos, já que seremos professores, e da revelação de problemas didático-filosóficos.

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  2. Parabéns Eduardo, pelo plano de aula bem organizado com propósito e objetivos claros ao tema os valores Morais na filosofia de Nietzsche. A avaliação de forma dissertativa muito produtivo e bom. Notícias e matérias de jornais como métodologias não seria contraproducente ao levar a filosofia de Nietzsche a notícias de telecomunicações duvidosas como método? E muito boa suas referências básicas e complementares do plano de aula.

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  3. Prezado Eduardo,
    Tua proposta é muito boa.
    Acho que precisa ser redimensionada para se ajustar ao contexto do ensino médio, mas você os objetivos estão em harmonia com o conteúdo e a metodologia.
    Bons Estudos.

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