Plano de Aula - José Celso.
Universidade
Federal do Amazonas – UFAM
Pro
reitoria de Ensino e Graduação – PROEG
Instituto
de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais – IFCHS
Departamento
de Filosofia – DFIL
Prática
Integrada IV – IHF063
I. Plano
de Aula:
Data: Manaus, 21 de setembro de 2018
|
II. Dados de
Identificação:
Escola: x
Professor (a): José
Celso de Mello Sampaio Filho
Disciplina:
Filosofia
Série: 3°
Turma: x
Período: 3°
Bimestre
|
III. Tema:
- Conhecimento do
Homem: uma perspectiva Nietzscheana.
- Conceito fundamental:
Conhecimento; homem; bom; mau.
|
IV. Objetivos:
Objetivo geral:
Compreender qual a problemática do bom e mau para o conhecimento humano.
Objetivos
específicos: Associar o conceito de Bom e Mau no
Filósofo Nietzsche e as concepções que eu possuo.
Nomear
uma ação boa e uma má a partir da compreensão do Filósofo.
Tecer
uma crítica a respeito do conceito de Bom e Mau apresentados na aula.
|
V. Conteúdo: 1- prologo
da genealogia da moral (em fragmentos previamente escolhidos).
2- Recorte das
proposições “bom mau” e “bom ruim”.
3- Fragmentos
“culpa”, “má consciência” e coisas a fins.
4- Quando Nietzsche
Chorou (primeiros 44s)
|
VI. Desenvolvimento do tema: Aula teórica com leitura e discursão dos textos do
livro didático e em seguida de textos antecipadamente selecionados da
genealogia da moral, compreendendo que houve antecipadamente nos bimestres
anteriores aula sobre existencialismo.
|
VII. Recursos didáticos: quadro, pincel, retroprojetor. Recorte do filme
quando “Nietzsche Chorou” filme drama de 2007 dirigido por Pinchas Perry (44s
do início do Filme).
|
VIII. Avaliação:
- Atividades:
6 questões dissertativas argumentativas.
- Critérios adotados
para correção das atividades: Originalidade e
capacidade de clareza no pensamento.
|
IX. Bibliografia:
MELANI, Ricardo. Dialogo: primeiros
estudos em filosofia. Volume único. 2° ed. – São Paulo: Moderna 2016.
Disponível em:< https://neppec.fe.ufg.br/up/4/o/Genealogia_da_Moral.pdf>
acessado em 13/09/2018
X. Filmografia: Disponível em:<https://www.dailymotion.com/video/x2cudk2> Acessado em 13/09/2018
|
Descrição da Aula:
No inicio da aula é indicado o Capitulo III do livro didático a partir da pág. 84 com o tema “O
falso é o mundo-verdade”, onde é posto na voz do filósofo alemão Friedrich
Nietzsche (1844-1900).
Peço
que os alunos leiam apenas os fragmentos apontados no livro didático que foi
retirado do livro “Vontade de Potência” de onde podemos inferir uma crítica ao
sistema metafísico moderno da
necessidade de haver sempre o contrario daquilo que existe.
Foi então que fizemos
lembrança das aulas do primeiro ano sobre Platão sobre a divisão dos mundos, e perguntei a eles: se existe
o mundo sensível é necessário que exista o inteligível? Ou só existe a verdade
porque existe a mentira? Propus que lessem a charge e dissessem o que tinha haver
com o tema.
Na
Charge vemos que a realidade não se molda aos parâmetros do meu bem querer, e a
“realidade que vive atrapalhando a minha vida”. Por que isso acontece?
Então
introduzir com a permissão dos alunos algo que não está no livro Didático:
LEITURA E DISCUSSÃO DE TRÊS FRAGMENTOS DA GENEALOGIA DA MORAL E UM TRECHO DE
FILME COMO FORMA DE AVALIAÇÃO DO SEMESTRE. Discutiríamos as questões, mas as
respostas seriam entregues escritas em folhas destacadas
“Nós
que somos homens do conhecimento, não conhecemos a nós próprios; somos de nós
mesmo desconhecidos e não sem ter motivo.” (NIETZSCHE, pág.01, 1877).
Questões
1- Quem é você para você? 2- Esse sempre foi você?
“O caráter tosco da sua genealogia da moral
se evidencia já no início, quando se trata de investigar a origem do conceito e
do juízo “bom”. “Originalmente” – assim eles decretam – ‘as ações não egoístas
são consideradas boas por aqueles aos quais eram feitas, aqueles aos quais eram
uteis[…] como se em sim fossem algo bom.’” (NIETZSCHE, pág.05, 1877).
Questões
3- Para você uma ação não egoísta é sempre uma ação boa? 4- Um exemplo o NAZISMO que de
variados pontos de vista é uma ação não
egoísta, no entanto, foi uma ação boa?
“[…]
o grande conceito moral de “culpa” teve origem no conceito muito material de
“dívida”? Ou que castigo, sendo reparação, desenvolveu-se completamente à
margem de qualquer suposição da liberdade ou não-liberdade da vontade?”
(NIETZSCHE, pág.21, 1877)
Questão
5- Você já fez algo que muito queria e depois se arrependeu? Consegue entender
o porquê da culpa, descreva.
Vamos
ver agora um pequeno trecho do filme “Quando Nietzsche chorou”, em seguida
respondam as questões em seu caderno por último faça um comentário do trecho do
filme.
No
Filme Nietzsche fala: “como confiar na verdade? Se a verdade vem através da
descrença… e do ceticismo… e não de um desejo infantil de que algo fosse de
determinado modo. Um desejo de estar nas mãos de Deus não é Verdade. É um
desejo infantil pelo mamilo eternamente intumescido. Temos a teoria da
evolução. A teoria da Evolução mostra cientificamente... a redundância de Deus,
embora o próprio Darwin… não tivesse coragem… de seguir seus indícios… até sua
verdadeira conclusão. Então, aonde isso nos leva? Certamente vocês se dão conta
de que criamos Deus… e todos nós juntos… o matamos. Deus… está morto.”
O
que poderíamos inferir da fala do Prof. Nietzsche? Essa ideia me agrada? Eu consigo
refuta-la de forma coerente?
BOA REFLEXÃO!!!
Esse plano produzido por mim, na descrição não levei em conta as possíveis objeções na aula por se tratar de um assunto "polemico" e delicado, mas uma possível saída seria pedir aos alunos que refutassem de forma coerente o que lhes desagrada. "god, is dead".
ResponderExcluirParabéns Celso, pelo trabalho elaborado de forma didático ao ensino da filosofio de Nietzsche. Que o sentido hermenêutica da frase "Deus está morto" possa da lugar talvez ao sentido de God is alive.!!
ResponderExcluirObrigado, brilhante trabalho seu também.
ExcluirNossa, essa aula está ótima! Gostei muito, especialmente do material de apoio, a charge e o filme! Muito bom! Ambos chamariam a atenção do aluno e estimulariam algumas respostas para serem trabalhadas durante as aulas, o que já serviria para uma redação ou apresentação (ou mesmo os dois). Eu só senti a falta do tempo estipulado para o percurso, mas o resto está muito bom.
ResponderExcluirps: quando fores dar essa aula, me chama que eu quero ver! :)
A rubrica "descrição da aula" é, sem dúvida, uma excelente forma de se antever o poder de condensação do professor e o domínio que tem sobre o conteúdo a ser transmitido. No caso da do Celso, não poderia ser melhor. E, sem falso relato, elogiável o seu plano, denota cuidado, apreço pela arte de planejar e reunir o que de melhor se pode para apresentar um aula verdadeiramente profissional. Meus parabéns amigo. Você já é um grande professor.
ResponderExcluirObrigado Iran, seu plano também mostra muito das suas qualidades de mestre.
ExcluirPrezado José Celso,
ResponderExcluirMuito Bom.
Parabéns.
Obrigado professor, parabéns pelas aulas maravilhosas de prática IV...
Excluir